Sua dúvida é apenas conceitual. Fácil de compreender. Na verdade você pode utilizar qualquer um dos termos sem muitos prejuízos. O que acontece é que o conceito convencional que temos sobre morte e, consequentemente, morrer, ainda está calcada à interpretação de morte como sendo o fim da vida, destruição, cessação da vida, etc..(dicionário Houaiss).
Nesse sentido e nessa interpretação o Espiritismo vem demonstrar que há um equívoco, visto que não há cessação da vida, muito menos o seu fim. Portanto, Kardec utilizou o termo desencarnar para dizer sobre a libertação do Espírito após a morte do corpo físico. Ao sair do corpo (carne) ele desencarna.
Assim podemos inferir uma coisa: espíritas utilizam os dois termos sem muitas dificuldades, geralmente sendo sinônimos, porém há apenas uma ressalva, a
literatura espírita nos demonstra que pode haver morte e não haver desencarne, pois pode cessar a vida orgânica (morte) e mesmo assim o Espírito pode permanecer preso aos laços do corpo (não completou o desencarne), o que acontece, por exemplo, em grande parte dos suicidas e naqueles que viveram no corpo de forma bastante sensualizada, dando uma alta importância às questões da carne. Compreende? Mas toda vez que há o desencarne há a morte, sem exceção.