PERDOA E AJUDA
Pelo Espírito Emmanuel.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Abençoa Sempre. Lição nº 17. Página 97.
 
Sem nos reportarmos às múltiplas experiências do passado, em que por vezes incontáveis recolhemos o socorro da Compaixão Divina, recordemos quão magnânimo tem sido o Senhor para conosco e aprendamos a desculpar infinitamente.
Limitando as tuas lembranças ao acanhado círculo da existência que passa, rememora o pretérito e pergunta a ti mesmo, no silêncio do coração!
Quantas vezes nos perdoou o Senhor através do carinho materno nas hesitações e necessidades da infância?.
Quantas vezes ter-nos-á estendido generosas mãos, por intermédio de instrutores benevolentes, na teimosia caprichosa da mocidade?.
Inventariemos nossas quedas de cada dia, nossas defecções íntimas, nossas ocultas deserções do dever a cumprir.
Analisemos as falhas e os prejuízos que provocamos consciente ou inconscientemente na tarefa que fomos chamados a atender e verificaremos a piedade infinita do Divino Mestre, socorrendo-nos pela palavra, pelo sorriso, pela tolerância e pelas mãos de numerosos amigos que, em seu nome, nos reajustam para a obra de elevação que nos compete realizar.
Em muitas ocasiões, quando mais aflitivo se nos revela o sentimento de culpa na intimidade da alma, quando nossa inaptidão para o bem nos arroja às garras do mal, eis que a Infinita Bondade nos estende um raio de esperança, encorajando-nos à humildade e à diligência para a justa reparação.
Pensa nessa abençoada rede assistencial de amor que nos cerca em todos os passos evolutivos e não te detenhas na acusação.
Repara na fragilidade do companheiro, tanto quanto o Terno Amigo nos observa as fragilidades, e guarda o respeitoso silêncio da fraternidade bem vivida, onde não possas abrir o coração ao estímulo sincero.
Muitas vezes, a crítica impensada ou o apontamento amargoso nos marcarão o espírito com reminiscências cruéis, mas nunca nos arrependeremos de haver perdoado em todo lugar onde a ignorância e a leviandade nos arroja a ofensa ao rosto.
Ouve, cala-te e espera. Mas espera, desculpando o mal e fazendo o bem que possas, porque, acima de nós, reina a Justiça Indefectível e Soberana que, a nosso respeito e a respeito de nossos irmãos, se expressará insuperável e certa, no momento oportuno.