ELEVAÇÃO

Pelo Espírito Emmanuel.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Tocando o Barco. Lição nº 07. Página 28.

Toda elevação na Terra, na paisagem exterior da vida, permanece inçada de perigos e sombras…

Sobe a avareza às culminâncias do ouro para descer, um dia, à desilusão…

Sobe a vaidade aos galarins da exibição para cair na sombra do desencanto…

Sobe a tirania às grimpas do poder para arrojar-se às trevas do esquecimento…

Sobe a mentira ao topo da dominação indébita para despencar-se no chão da realidade…

Sobe a inteligência sem amor aos cimos do orgulho para desfilar à frente dos entraves gerados por ela mesma…

Raros sabem buscar no mundo a legítima elevação.

A bênção do conforto e da alegria, entre os homens, quase sempre procede do esforço daqueles que se esquecem para servir…

Desce a dor aos recessos do coração humano e arranca a alma renovada para a beleza sublime…

Desce a simplicidade às lutas da pobreza e garante a disciplina que aperfeiçoa…

Desce a humildade a pedregosas sendas de sacrifício e estabelece padrões edificantes para aqueles que a contemplam…

Desce a fé aos sorvedouros do sofrimento e acende luzes na jornada renovadora da vida…

Desce a boa vontade ao silêncio e à compreensão e improvisa feitos heróicos em benefício das criaturas…

Desce o trabalho aos rudes embates de cada dia e deixa a civilização e o progresso, o aprimoramento e a cultura por onde passa…

Se algum dia te dispuseres a subir, segue na trilha do Cristo, suportando a cruz das obrigações retamente cumpridas, para que o teu exemplo se faça lâmpada a brilhar no roteiro do próximo.

Jesus, que era o nosso Divino Mestre, escolheu a suprema renúncia para alcançar a ressurreição.

Pensando nisso, se alguma elevação nos propomos a atingir, não procuremos outro caminho.