AUXÍLIO A NÓS MESMOS
Pelo Espírito Casimiro Cunha.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Fulgor no Entardecer. Lição nº 18. Página 76.
Pedes conforto aos achaques
Do sentimento enfermiço;
Contudo o nosso remédio
É o coração no serviço.
Mostras largo desalento
Parado no olhar mortiço…
Isso, porém, muitas vezes,
É negação de serviço.
Carregadas irritações
E espinhos de grande ouriço;
No entanto, a tranqüilidade,
Mora, calma, no serviço.
Afirmas que a fé morreu,
Que todo o amor é postiço;
Entretanto, a fé e o amor,
Vibram puros, no serviço.
Declaras-te ignorante,
De espírito agastadiço,
Mas o estudo aberto a todos
É perfeição no serviço.
Dizes que nada consegues,
Que teu chão é movediço…
Experimenta avançar,
De braço dado ao serviço.
Conservas desilusões,
Nascidas daquilo ou disso;
No entanto, a tristeza inútil,
É deserção do serviço.
Lamentas-te em solidão,
Amigos deram sumiço.
Mas ninguém caminha a sós,
Na devoção do serviço.
Recorda as lições do mundo…
Quando a flor é luz e viço,
É que a planta não se esquece
De sustentar-se em serviço.
Se o carro estaca de pronto,
Motor inerte no enguiço,
O conserto surge logo
Se alguém procura o serviço.
Oficina em desgoverno,
Residência em reboliço,
Ajustam-se de repente,
Se há direção de serviço.
O Espiritismo que abraças,
Por divino compromisso,
É Jesus pedindo a Terra
Mais serviço e mais serviço.