DIVINA FÉ

Pelo Espírito Emmanuel.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Confia e Segue. Lição nº 08. Página 43.

Vejamos como se comportava Jesus no trato da fé que lhe abrasava o coração, a fim de que não nos falte entendimento no cultivo da sublime virtude.

Anjo entre os Anjos, não desdenha descer ao convívio dos homens, mais para padecer-lhes a brutalidade do que para engalanar-se, de pronto, com os louros da simpatia e da compreensão que lhe pudessem ofertar.

E entre os homens, ninguém lhe surpreende o mínimo gesto de intolerância, à frente dos problemas que se lhe impõem à bandeira de redenção.

Não exige que os outros lhe adotem a cartilha de confiança.

Não perde tempo em controvérsias, acerca da essência e atributos da natureza de Deus.

Não se converte em suposto advogado do Criador para maldizer ou ferir as criaturas enrijecidas na delinquência.

Não indaga quanto à convicção religiosa daqueles que lhe pedem assistência e consolo.

Não preceitua condições deste ou daquele teor, em matéria de crença para que se administre a luz do Evangelho.

Não se arvora em profeta da destruição e do pessimismo, conjugando revelação e perturbação, conhecimento e terror no ânimo dos ouvintes.

Não solicita vantagens particulares, auxiliando sempre, sem cogitar de auxílio a si mesmo.

Não promove ligações com os príncipes e sacerdotes do mundo para prestigiar os princípios de amor dos quais se tornara intérprete.

Não recusa sofrer agravos e insultos, calúnias e prisão por parte daqueles a quem confiara o tesouro das esperanças mais puras, a pretexto de garantir-se na posição de medianeiro Celeste.

E, por último, não recorre nem mesmo à proteção da justiça humana, para exonerar-se da cruz em que desfalece, entre a serenidade e o perdão, em plenitude de obediência.

Observemos a fé em Jesus e a fé em nós, a fim de exercitarmos, em nossas necessidades de evolução, o esquecimento de nossos obscuros caprichos e a aceitação da Sábia Vontade de Nosso Pai.