O vento bate na janela de todas as casas na colônia onde nós residimos hoje e nos deixa uma brisa de paz, amor e alento ao coração, para que saibamos que os momentos de estudo e busca de entendimento começara.
É no raiar do dia que os nossos olhos se abrem e nossa mente se abre para o entendimento e a luz do esclarecimento.
Aqui há muitos lares, muitas famílias espirituais que se uniram pelo amor, hora fortificado e hora adoentada. Unimo-nos pelo único amor de Cristo e nos preparamos para mais aprendizados. Quando para cá retornamos, era muita escuridão, muita dor e dúvidas. Alguns de nós vagaram por noites e dias em busca do livramento de muito sofrimento. Fugíamos de nós mesmos e queríamos encontrar a verdade e a paz. Fomos socorridos, fomos acolhidos e orientados. Aos poucos, nossa energia era reestabelecida e o entendimento do que nos acontecera foi ficando mais claro.
Quando um já estava forte o suficiente, participava do resgate do outro. E assim, o aprendizado vai tornando nossa vivência na erraticidade mais serena e proveitosa.
Mas não foi fácil e não é fácil para ninguém. As dúvidas são diversas, e elas nos impedem de enxergar a misericórdia enviada por Deus, pois Este certamente esteve conosco em todos os momentos.
A agonia vem porque não sabemos em muitas das vezes o que nos ocorrera. O desespero surge quando começamos a perceber que realmente nossa oportunidade de estadia naquela morada chegara ao fim. O sofrimento vem quando olhamos para trás e percebemos tudo o que deixamos, dos amores, dos prazeres, das vivências e das alegrias.
O pavor aumenta quando naquele mesmo instante lembramos daquilo que deixamos para depois, quando lamentamos a palavra não dita ou mal dita; o sorriso não dado, o abraço negado e o sentimento acuado.
A revolta toma conta de nós quando olhamos ao redor e temos a real consciência de que o tempo chegara ao fim – naquele instante ainda sem saber que passaríamos por um período talvez longo na erraticidade, mas que teríamos outra chance quando estivéssemos preparados.
E então vem ela, a vergonha. Carregada de remorso e arrependimento. Ela vem nos apontando todo o mal que conscientemente fizemos e aqueles que inconscientemente se difundiram conosco mesmo, advindo de vidas passadas.
A vergonha nos apresenta todas as inúmeras oportunidades desperdiçadas de se fazero bem, de se trabalhar e movimentar em favor do próximo, daqueles a quem amamos e principalmente em favor de nosso próprio crescimento.
A vergonha vem porque é nesse momento que tomamos contato com nossa própria consciência e essa não deixa de punir, não deixa de resgatar aquilo que é importante acessarmos.
A vergonha vem também juntamente com a capacidade de abrir o coração e clamar. Clamar por auxílio, clamar por ajuda, clamar por perdão e por misericórdia.
Quando assim fazemos, vem a humildade. Humildade para pedir, aceitar e continuar. E é nesse momento que temos condições de enxergar aqueles que sempre estiveram junto de nós e não pudemos enxergar.
Então vem o auxílio e somos resgatados pelo amor de Cristo, pela nossa capacidade de tomarmos propriedade do lugar que ocupamos nessa infinita casa de Deus: o lugar de filhos! O lugar de Filhos do Eterno Amor .
E aí temos a feliz e misericordiosa oportunidade de retornarmos aos lares nas colônias onde aprendemos, compreendemos e reaprendemos, para enfim, voltarmos ao nascimento de uma nova era, uma nova etapa.
Por isso solicitamos e pedimos a todos que pelo trabalho de fé, amor e caridade ensinados pelo mestre Jesus, nos auxiliem enviando boas energias e vibrações, que através do trabalho edificante, nos auxiliem a auxiliar aqueles que necessitam de nosso auxílio. Orem e trabalhem por aqueles que assim como nós precisamos, precisam de muita ajuda.
Que estejamos sempre unidos pelo trabalho e pelo amor propagados pelo Cristo Jesus.
Vocês aqui e nós em nossa colônia juntos, para levarmos o auxílio de sempre.
Que haja paz, luz, muito amor e muita caridade em todos os corações. Fiquem com o amor de Cristo, pois nós estamos com Ele.
Um forte e fraternal abraço da irmã Maria Adelaide.
16/03/2018